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Orçamento de obras - Levantamento quantitativo

Gerar o orçamento de uma obra vai muito além de levantamento de quantitativos e cotação de preços. Enganasse quem pensa que um bom orçamento está atrelados apenas a estas duas variáveis. Portanto, é de grande importância que conheçamos os fatores que envolvem esta disciplina, de modo que possamos considerar as diversas variáveis que envolvem este procedimento, evitando ao máximo surpresas indesejadas. Para isso, preparamos uma série de artigos abordando alguns conceitos importantes que devemos conhecer e considerar no processo de orçamentação de uma obra.

  • Orçamento de obras - Paramétrico e Analítico
  • Orçamento de obras - Custos diretos e indiretos
  • Orçamento de obras - BDI (Benefícios e Despesas Indiretas)
  • Orçamento de obras - Critérios de medição e pagamento
  • Orçamento de obras - Análise da curva ABC
  • Orçamento de obras - Levantamento quantitativo (este artigo)

Sem dúvidas, esta é uma etapa fundamental no processo de orçamentação da obra, sem a qual não seria possível mensurar os serviços para gerar o orçamento analítico do empreendimento. 

Nesta etapa, é exigido do profissional não somente conhecimento no que tange os conceitos de orçamento, mas também, conhecimento técnico de processos executivos de uma obra. Afinal de contas, é necessário conhecer as tecnologias de construção que serão utilizadas: materiais, equipamentos, logística, produtividade, métodos de execução entre outros, para garantir que todos os insumos constituintes de um serviço sejam considerados, seja por meio de um item no quantitativo, ou inclusos nas composições. 

Método tradicional de quantificação

Neste método, ainda constantemente utilizado, consiste na extração e levantamento manual das quantidades de serviços necessários para a execução da obra.

O profissional orçamentista utiliza as informações contidas nas plantas gráficas e nos memoriais descritivos das soluções adotadas para cada disciplina com o objetivo de identificar e medir os insumos necessários para a sua execução. Mesmo com o auxílio de ferramentas computacionais como as planilhas eletrônicas o processo e considerado manual, portanto, sujeito a falhas humanas e de precisão de medições.

Isso, porém, não significa que está errado utilizar o método tradicional, mas sim, que precisamos de uma atenção redobrada para que nada passe despercebido.

Outro fator importante a ser considerado na extração dos quantitativos, é a qualidade nas informações dos projetos e documentos técnicos. A falta de informações, informações incompletas, informações que não retratem a realidade, podem gerar erros de interpretação e consequentemente de medição. 

Utilização do BIM  

Os inúmeros benefícios da metodologia BIM na indústria da construção civil, não são nenhuma novidade para os profissionais da área. Para a disciplina de orçamento, um dos principais atributos é a extração automática dos quantitativos fazendo uso das informações contidas nos modelos dos projetos.

Dentre as diversas vantagens deste recurso no levantamento dos quantitativos, podemos destacar a precisão na identificação e medição dos elementos, redução do tempo de trabalho, automação dos processos de atualizações. 

Elementos não modelados

Para ambos os métodos, devemos ter atenção com aqueles insumos que não estão presentes no projeto, mas que serão necessários para a execução da obra, e consequentemente irão gerar custos que precisam ser contabilizados.

Escoramento de lajes, escavações, instalações provisórias de canteiro de obra, consumos de água e energia, serviços preliminares, custos dos projetos, limpeza de terreno, aluguel de equipamentos, são apenas alguns exemplos de serviços que podem não estar modelados ou documentados nos projetos.

Assim é importante verificar a necessidade de inserir estes itens na planilha de custos. Contudo, alguns destes itens, embora não estejam modelados, podem estar inclusos nas composições. Dai a importância de conhecer a base de referencial de custo utilizada.