Ao montar o modelo estrutural do projeto, o AltoQi Eberick transforma os elementos lançados em elementos de barra posicionados em seus centros de gravidade, analisando a estrutura por meio de um pórtico espacial. Esta conversão é feita de maneira que as barras possuam a mesma rigidez que os elementos originais, sendo que a distribuição se mantém. No caso da conexão entre vigas e pilares, como nem sempre as vigas estão apoiadas sobre o centro de gravidade do pilar, o programa ainda prevê uma barra rígida que conecta estes dois elementos. O modelo pode ser visto abaixo:
Como a barra rígida possui uma rigidez infinita, repassa todos os esforços da viga de maneira integral para a seção do pilar. Em linhas gerais, isto significa que a viga tem a capacidade de rotacionar, deslocar e comprimir toda a seção do pilar. Na maioria dos casos isto é verdade, uma vez que as dimensões do pilar normalmente não permitem um deslocamento relativo na sua própria seção. Todavia, para pilares de grandes dimensões, esta consideração tende a não ser válida, uma vez que as vigas aplicadas sobre ele não são capazes de mobilizar sua seção de maneira integral.
Para ilustrar isto de maneira mais aplicada, segue o modelo abaixo. Neste caso, o pilar foi representado como uma grelha de barras (ao invés de uma única barra), de modo que é possível avaliar a diferença de esforços entre elas. Na face deste pilar, foi engastada uma viga, sobre a qual foi aplicada uma carga vertical.
Perceba que, apesar de a viga estar deslocando o pilar, ela não mobiliza a seção de maneira uniforme. Há uma concentração de esforços na região do apoio da viga, que são praticamente zerados na face oposta do pilar. Este efeito deve ser considerado no dimensionamento do pilar, uma vez que diminui a restrição da viga, diminuindo também os valores de momento negativos e aumentando momentos positivos e deslocamentos.
Assim, o programa permite que o usuário habilite essa flexibilização, de modo a levar em conta este efeito. Isto pode ser feito por meio do menu Estrutura - Configurações - Projeto - Análise, habilitando a opção Flexibilizar ligação com pilar equivalente. O programa ainda permite que você defina a relação entre altura e base da seção do pilar para que esta alteração seja aplicada. Essa flexibilização é feita com um sistema equivalente e pode variar de acordo com os seguintes fatores:
- Distância da viga ao centro do pilar: quanto mais longe estiver a viga do centro do pilar, mais concentrados estarão os seus esforços. Por meio das figuras abaixo, é possível perceber que a viga posicionada no centro do pilar mobiliza melhor a seção do pilar:
- Ângulo da viga: caso a viga esteja alinhada com a maior seção do pilar, irá mobilizar sua seção como um todo, como é possível verificar na figura abaixo. Caso esteja transversal, a mobilização será parcial
Você pode habilitar essa consideração no programa por meio da aba Estrutura - Configurações - Projeto - Análise, como mostrado abaixo. Perceba que o programa ainda fornece algumas opções:
- Considerar rigidez à flexão: com esta opção marcada, o programa permite considerar a rigidez à flexão da ligação entre a viga e o pilar, por meio da adoção de um pilar equivalente servindo de apoio para a viga. A altura da seção do pilar equivalente é calculada considerando o multiplicado configurado. Já sua base será a mesma do pilar original
- Considerar rigidez à torção: com esta opção marcada, o programa permite considerar a rigidez à torção da ligação entre a viga e o pilar, por meio da adoção de uma viga equivalente servindo de apoio para a viga. A altura da viga será definida de acordo com o multiplicado. Sua base será a mesma do pilar.
- Erro D213 - Abertura das fissuras não atendida na seção com redistribuição plástica
- Erro D210 - Posição da linha neutra maior que o limite
- Erro D211 e D212 - Redistribuição acima do recomendado para a estrutura
