Quando vigas esbeltas são usadas, a instabilidade lateral pode ser, em alguns casos, a causa do esgotamento da capacidade resistente da peça antes que seja atingido o estado limite último por flexão. Por conta disto, é interessante que este fenômeno seja verificado. Neste sentido, criamos esta série de artigos para auxiliá-lo a avaliar este efeito:
- Instabilidade lateral em vigas de concreto armado
- Aviso 26 - Possibilidade de instabilidade lateral
- Instabilidade lateral: conclusões (este artigo)
Instabilidade lateral: conclusões
A verificação prescrita pela NBR 6118:2014 no item 15.10 relativo a instabilidade lateral em vigas de concreto armado é simplificada: não apresenta uma relação entre vão, altura e largura e não apresenta a determinação de um momento crítico. Já a verificação proposta pelo "British Code CP 110" se comparada com a NBR 6118:2007 é menos conservativa, e sugere ainda uma segunda verificação em função do vão, altura útil e largura da viga. Quando os limites estabelecidos pela NBR 6118:2007 para a ocorrência da instabilidade lateral em vigas de concreto armado forem ultrapassados, pode-se utilizar a estimativa do valor do momento crítico Mcr, proposta por MARSHALL (1969), conforme R. PARK AND T. PAULAY (1975).
O valor do momento crítico é dado por:
onde:
ϕ | coeficiente redutor da capacidade do momento crítico devido as incertezas quanto ao fenômeno da instabilidade lateral; R. PARK AND T. PAULAY (1975) sugerem para f o valor de 0,5 (f = 0,5). |
fck | resistência característica do concreto definido pela NBR 12655; |
b | a largura da seção transversal; |
d | é a altura útil da viga; |
l | vão livre |
O valor do momento crítico Mcr é comparado com o momento fletor de cálculo Mdx máximo atuante na viga. Quando Mcr < Mdx , existe a possibilidade de esgotamento da capacidade da viga por instabilidade lateral. Entende-se por Mdx = γfMx.
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