Lajes

Faixas de Hillerborg: conclusões e recomendações

Neste artigo, será abordado o método de Hillerborg para o cálculo de lajes. Diversos métodos aproximados de análise de lajes têm sido propostos, desenvolvidos e usados ao longo dos anos. Entre eles, está o conhecido método das faixas, apresentado por Hillerborg em 1956. Esse procedimento pode ser usado para determinar a distribuição de esforços e possibilitar o dimensionamento das seções de concreto e das armaduras de um sistema de lajes.

Conclusões e recomendações

Resultados de testes feitos com lajes projetadas pelo método das faixas são escassos. Porém uma série de testes é reportada por PARK e GAMBLE (1980). Além disso um grande número de possíveis aplicações do método não foram ainda  testadas extensivamente e um grande número de aplicações ainda precisam ser testadas. Porém, as evidências disponíveis mostram que o cálculo da capacidade última das lajes está do lado da segurança. Entretanto, as condições de serviço devem ser verificadas baseadas em uma análise que represente satisfatoriamente essa fase de carregamento.

O método das faixas despreza o momento de torção e todo o carregamento da laje é equilibrado pela flexão das faixas. Esse é um procedimento válido para a resistência da laje e está de acordo com o teorema estático ou teorema do limite inferior. No entanto, para o comportamento das lajes em serviço, os momentos de torção, calculados pelas teorias elásticas, existirão. Tais momentos são maiores em geral nos cantos de lajes simplesmente apoiadas em vigas rígidas ou paredes. Embora o método das faixas não requeira que os momentos de torção sejam resistidos por nenhuma armadura, no projeto executivo das lajes uma armadura superior e inferior deverá ser colocada nesses cantos onde a laje for simplesmente apoiada. Essa armadura pode ser projetada e detalhada de acordo com as recomendações da norma NBR-6118 e complementada com as recomendações de diversas bibliografias especificas para detalhamento de estruturas de concreto como FUSCO (1995) e LEONHARDT (1997).

Como já foi mencionado anteriormente, o método das faixas não deve adotar distribuição de momentos muito diferentes da distribuição das teorias elásticas para evitar fissuras e flechas excessivas na laje nas condições de serviço.

Portanto é importante que o engenheiro desenvolva uma boa capacidade de julgamento em relação à distribuição de momentos das teorias elásticas e usá-la na ocasião de decidir qual a melhor razão entre momentos nas duas direções pelo método das faixas.